20 de abril de 2011

na analise

Hum. Engracado. E como se eu ainda quisesse que todos os dias fossem sexta-feira. Quando eu tinha uns 3 anos e passava o dia todo em casa com a baba observando a movimentacao das pessoas que saiam para a vida, para o mundo alem do portao, pra rua, pro desconhecido, a rotina tinha entao um grande peso pra mim. Pequenas mudancas, detalhes sutis, era tudo o que eu tinha a que me apegar naquela epoca. Entao, como eu ia dizendo, as sextas-feiras minha mae chegava mais cedo do trabalho, num horario em que meu irmao ja estava na escola e eu podia brincar de filha unica daquela mulher fugaz que era, por algumas horas, minha. E justamente na sexta, ela trazia algumas tranqueiras para casa, uns doces, salgadinhos, balas. E ocorre-me uma cena. Lembro-me de, em uma dessas sexta-feiras, correr ate o colo de minha mae, que estava ocupada lendo ou falando com a baba ou no telefone, pegar uma bala e ir comer no quintal, enquanto corria de um lado pro outro. Voltava, pegava outra bala no colo da mamae, ia pro quintal chupa-la, voltava, pegava outra bala... Que bonito... Preciso registrar essas lembrancas, T.W. E eu continuo esperando essas sextas-feiras. Esperando, esperando... e onde estao as balas T.W.?

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