ataco carinhos
resiste - apelos:
gato.
insuportável
prazer
contorce
dorso
liso
seguro.
boca
molhada
suga
carinhos
PRAZER
- alerta
mordida
retrai:
gato.
espichado
calorento
descansa
fuga
de
botas
o escuro do quarto:
o b s e r v a
silêncio:
alerta.
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23 de fevereiro de 2013
9 de fevereiro de 2010
anteontem
Ontem acordei arrependida por anteontem
Mas me desculpar por anteontem
Já não era possível ontem
Rememorar anteontem
Trazê-lo à tona
Pedir desculpas
(Livrai-me de todo o remorso!)
É absolutamente impossível
Para quem gosta tanto do antes-de-anteontem...
Mas me desculpar por anteontem
Já não era possível ontem
Rememorar anteontem
Trazê-lo à tona
Pedir desculpas
(Livrai-me de todo o remorso!)
É absolutamente impossível
Para quem gosta tanto do antes-de-anteontem...
1 de fevereiro de 2010
o que fica
Fica essa impaciência, essa dificuldade em pegar no sono, em se concentrar na leitura, em comer só o necessário. Fica também essa circulação pela casa, sem rumo, pelas ruas molhadas, esquecendo-se o rumo a cada esquina. Fica a lembrança da sensação de ter um rumo. Fica ainda essa despedida subentendida em cada telefonema cotidiano, cada simples boa noite, cada olhar silencioso durante a refeição de sempre, cada vez mais lenta. Ficam os abraços, os desejos de felicidades, os sorrisos pela minha sorte, e nisso tudo, uma agonia, uma acusação de egoísmo, uma pontinha de desagrado, uma preocupação. Por fim, ficam meus romances na estante, estáticos, os lençóis e o tapete do quarto impecavelmente ordenados, o silêncio de uma casa de adultos e o suspiro do encontro com o que já era esperado. Fica a pergunta entranhada em cada beijo de despedida: você volta? E fica a vontade de responder: na verdade, eu queria mesmo é ficar. E disso não fica nada, porque não é dito.
ausência
Tão poucas notícias ele tem de mim, pelo menos por minha parte. Não que eu não adoraria informá-lo dos detalhes mais ínfimos, como quando ele às vezes pergunta e eu respondo seca e vagamente, mas ele pergunta pouco e eu respondo pouco e fica a dúvida... ou não, talvez nem haja dúvida. Ele sabe que eu quero partir e ri, ri quando eu falo nisso e me deseja sorte. Agora é quase um fato que vou mesmo e ele some, talvez nem saiba, talvez ainda ache que isso é um plano, ou não ache nada, ou ache e nem pense nisso, ou por acaso quando pensa em mim, ache. No fundo, tanto faz. Talvez espere que no último momento eu resolva ficar, e se eu resolvesse não o avisaria, mas ele notaria e ficaria triunfante, ou talvez debochasse da minha falta de coragem em ir, ou talvez não dissesse nada, como agora não diz, nem nunca foi de dizer. Mas a ausência diz por ele. A ausência diz tudo, a ausência escreveu sozinha esse texto e muitos outros. Quando ele fala, diz muito, muito menos do que agora... em silêncio!
30 de dezembro de 2009
refletindo
(...)
E assim vou rompendo as coisas pela vida adentro, às vezes com dor, às vezes aparentemente indiferente... Mas quando me dou conta, já está rompido e eu já até sumi, estou em outro lugar, cercada de outra gente e então penso que nem tive tempo de me despedir do que deixei pra trás, mas logo me lembro de que não me despedi porque não quis. Um momento nostálgico triste me ocorre por alguns instantes, e ele é tão obscuro, que chego à conclusão de que sumir foi mesmo o melhor a ser feito e o processo volta a se repetir espontaneamente.
Trecho tirado de um texto meu bastante antigo, porém ainda bem contextualizado.
E assim vou rompendo as coisas pela vida adentro, às vezes com dor, às vezes aparentemente indiferente... Mas quando me dou conta, já está rompido e eu já até sumi, estou em outro lugar, cercada de outra gente e então penso que nem tive tempo de me despedir do que deixei pra trás, mas logo me lembro de que não me despedi porque não quis. Um momento nostálgico triste me ocorre por alguns instantes, e ele é tão obscuro, que chego à conclusão de que sumir foi mesmo o melhor a ser feito e o processo volta a se repetir espontaneamente.
Trecho tirado de um texto meu bastante antigo, porém ainda bem contextualizado.
22 de novembro de 2009
improviso
é pau, é pedra, é o fim do caminho
é fuvest amanha
é a chuva caindo
é o nariz entupido
é a pinga, é o sol
é o chute é a sorte
é inglês, é espanhol
é a nota de corte
é o cara da frente
lápis, cadeira
é bolacha de feira
é limite de tempo
é excesso de asneira
é um medo profundo
é uma puta canseira
é o tempo acabando
é o cheiro de areia (?)
isso aqui tá cansando
é uma puta besteira
é a B, é a C
etc etc
é fuvest amanha
é a chuva caindo
é o nariz entupido
é a pinga, é o sol
é o chute é a sorte
é inglês, é espanhol
é a nota de corte
é o cara da frente
lápis, cadeira
é bolacha de feira
é limite de tempo
é excesso de asneira
é um medo profundo
é uma puta canseira
é o tempo acabando
é o cheiro de areia (?)
isso aqui tá cansando
é uma puta besteira
é a B, é a C
etc etc
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