-O que acha que eu devo fazer, G.H.?
-Devia esconder tudo de todo mundo.
-Não acha que eu enlouqueço?
-Acho.
-E o que eu faço depois?
-Aprende a tocar um instrumento, oras.
De braços dados, andamos pelas ruas do centro, atrás de um lugar para tomar café. G.H. está triste.
-E você, o que está escondendo de mim? - pergunto.
-Não vou dizer.
-Então vai acabar como eu.
-Pelo menos eu já toco violão.
Apertei o seu braço e consegui arrancar um sorrisinho torto.
-"É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..." - cantarola G.H., com os olhos no céu.
Silêncio.
-"A bênção que eu vou partir..." - sussurro.
-"Eu vou ter que dizer adeus."
Silêncio. Seu braço está frouxo. Avisto um Fran's Café na próxima esquina e corro para lá, puxando G.H. pela mão, mas conforme o presvisto, ele logo passa na minha frente e quem passa a ser puxada sou eu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário