22 de janeiro de 2010
lar paterno
A tranquilidade do lar paterno: acordar tarde, ter opções pro café da manhã, ficar de pernas pro ar a manhã toda, ter almoço pronto pela empregada Z., olhar os horários do cinema, ir embora, voltar à noite, encontrar as pessoas entretidas cada uma em algo diferente, cumprimentá-las, voltar pro quarto, ler, receber batidas na porta, dar alguma satisfação sobre o dia, fechar a porta, ler e voltar a descer depois que todo mundo foi dormir. É delicioso, eis a melhor definição que achei, olho para a gata como uma igual, já que também passo o dia de barriga pra cima, às vezes as pessoas passam e me fazem cafuné e eu lhes retribuo com um olhar agradecido, nada mais, nem me mexo. Que preguiça... No momento, voltando a essa rotina depois de dias me virando porcamente fora de casa, deitada no sofá com a gata enroscada nas pernas, sentindo cheirinho de carne moída com batatas e ouvindo minha avó falar sobre como engordou no fim do ano e suas saias não estão servindo, a vontade de me ver livre daqui, que sempre foi muito forte, me parece completamente incompreensível, mas não vale a pena pensar nisso.
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