8 de novembro de 2009

sobre o ciúme

Estou frustrada.

Ontem mesmo estava num café com meu pai, onde defendi que o ciúme só existe porque nesta sociedade pode-se apenas ter um parceiro amoroso, logo, quando você vê a pessoa que ama com alguém interessante, imagina logo que será trocado, e aí está: ciúme. Se pudéssemos ter tantos amantes quanto amigos, o ciúme não seria nada além de uma pequena disputa por atenção, não muito diferente do ciúme de amigos, que não chega a ser doentio.

Dormi tranquilamente, acordei, ainda tranquila, comi torradinhas, tomei suco de limão, entrei no computador para ver em que sala faria a prova da UNESP... Fui deixar um recado, vi algo que fez meu coração disparar, me deu vontade de apagar todas as minhas fotos, vontade de sumir pra sempre e deixá-lo louco atrás de mim, vontade de fugir pra muito longe e não dar mais notícias, quis fechar o notebook, ir tomar um banho, quis nunca ter visto nada daquilo, por que merda eu fui olhar o que não era da minha conta? Odiei a mim mesma por ter visto o que não devia, odiei-me ainda mais por ter me abalado tanto, e odiei ainda mais ele próprio por ter me feito sentir tudo isso.

E cadê a liberdade que eu defendo? Cadê o desapego, o livre-arbítrio, a poligamia?
Eu me odeio, odeio, odeio por isso, mas não posso deixar de sentir essas coisas mesquinhas! Vou tratar de reprimir isso imediatamente, agir como se nada tivesse acontecido e deixar que ele pense que esse texto no blog refere-se a outra pessoa.

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