18 de março de 2013

esse outono

Ah. Se ao menos eu pudesse reencontrar o sentido despretencioso das coisas... ou talvez intuí-lo pela primeira vez, derrepente, numa manhã de outono! Porque de resto, tudo o mais me basta. Os estudos, na escrivaninha iluminada de cinza e amarelo, suspiram diante dos meus olhos apaziguados, atentos. Fluem, eu pesco na lógica desse fluxo de metalinguagem. De resto, os conceitos não bastam, dá sono, fico ruminando folhas cruas de couve e saltitando parágrafos.

L.S. e eu saímos para comprar vinho. O outono chegou, que bom, mas precisava ser num dia só?, foi o que eu ouvi de M., pela manhã, na fila do xerox. Fiz manha, apanhei os óculos escuros redondos, sem uma das pernas da armação, dei um gole na garrafa de vinho vazia, deixei cair a testa sobre a mesa de café da manhã. Depois, estava na bicicleta, eu e o esvoaçante cachecol colorido.


É o outono. Pressinto um pressentimento novo. Inclui céu cinzento e café, na garrafa térmica, forte, inifnitamente preparado para dois.

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