7 de janeiro de 2012

romances

Não pude mais: fechei o livro e prendi o ar. Ouvia no quarto ao lado um indistinto som de televisão, muito baixo. Meu coração até doía... é isso, é isso... Preciso desses olhares que prometem, dos minutos de entrega (entrega-se uma vida toda em momentos assim), dessa atmosfera de sublime e de sonho do amor que desestabiliza e revira e sempre deixa desnorteado um coração maleável, que se sente como que oco (o ar passa por ele e sai música, como flauta)... preciso... Olhei para o gigantesco volume de Guerra e Paz. Era impossível dormir depois do baile, tanto para Nataxa quanto para mim. Meu Deus, que oceano... que oceano é isso que eu não tenho!

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