"Que você fez, coração mais sem cuidado?"
Estava eu deitada no sofá, em estado de sonolência quando notei que essas palavras me escaparam por entre os lábios, assim, de repente. Sentei-me, assustada, pronta para ter uma epifania, fazer devaneios à respeito, procurar culpados, defender-me, sumir, mudar a disposição dos móveis... Mas não, voltei a deitar, olhei pro teto, cantei a música inteira e fechei os olhos.
Essa preguiça sentimental dos últimos tempos veio acomopanhada de uma formalidade que eu desconhecia. Tenho tratado bem a todos, aquietado sentimentos, reprimido meu lado teatral, pareço até uma primeira dama ou embaixatriz, sorrio, falo das coisas corriqueiras e evito levar o assunto para o lado pessoal.
Mas é só uma fase, formalidade não faz muito meu estilo. Meu lado espetacular está cochilando e eu aproveito para manter as aparências e colocar o sono em dia.
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